Não basta ser incrível como empreendedor. É preciso, também, divulgar seu trabalho adequadamente para que os consumidores saibam o que estão perdendo e o que podem ganhar ao fazer negócios com você. Trata-se, de maneira simplificada, de fazer marketing – o que não requer necessariamente medidas complexas. Hoje, pode-se usar recursos analógicos e digitais para colocar um negócio em evidência. E a melhor opção, normalmente, é combinar os dois mundos, o online e o offline.Para decidir qual estratégia adotar, há alguns critérios decisivos. Por exemplo, conhecer o máximo possível o público-alvo. Ou seja, se a ideia é dialogar com jovens, nos dias de hoje é provável que investir em mídias digitais e/ou redes sociais seja mais interessante, já que se trata de um grupo amplamente conectado. Se a intenção for atingir a vizinhança do bairro, outras formas de comunicação podem ter efeitos positivos, como a distribuição de panfletos, a realização de atividade especial de inauguração, promoções e sorteios etc.&nbsp;Pesará na decisão ainda, é claro, o orçamento disponível para divulgação. Mas não é (só) o dinheiro que faz a diferença: o quanto você conhece seu empreendimento e seus clientes também é definitivo para o sucesso do negócio. Veja, a seguir, algumas possibilidades para chegar aos consumidores e atraí-los:<h3>Redes sociais</h3>Talvez essa seja a dica mais óbvia hoje em dia: fazer de plataformas como Instagram, WhatsApp, Facebook, LinkedIn e TikTok espaços de divulgação de um negócio, produtos e/ou serviços e seus diferenciais. Pode-se, ainda, quem sabe, fazer delas o próprio “ponto de venda” se a ideia for manter um empreendimento online.&nbsp;Essas plataformas oferecem vários recursos para auxiliar empreendedores. É possível investir algum dinheiro em anúncios direcionados a públicos específicos, por exemplo. Usar e abusar da identidade e de linguagem visual para que um negócio seja (re)conhecido é outra boa medida para quem faz uso dss ferramentas digitais. Também é importante caprichar no perfil do empreendimento para que ele traga todas as informações mais relevantes, incluindo horário e formas de contato.&nbsp;<h3>Pertinência e transparência</h3>Também é imprescindível dar atenção aos perfis/sites criados em redes sociais ou outras plataformas ou marketplaces para responder comentários e perguntas e criar novos conteúdos pertinentes. Isso ajuda não apenas a reforçar a imagem do negócio, mas a manter o relacionamento com os clientes e a destacar as razões pelas quais eles devem escolher sua empresa. A constância da boa divulgação ajuda a garantir atratividade e o engajamento, além de mostrar que quem está postando manja do assunto e pode ajudar.&nbsp;Ainda, é importante avaliar o nível de acessos e interações com as publicações, pois isso pode indicar temas prioritários a serem explorados e até frequência e dias e horários em que eles devem ser divulgados. Transparência é outro aspecto fundamental. Assim, a menos que haja algum motivo muito relevante que impeça de fazê-lo, o empreendedor deve colocar os preços daquilo que oferece. Isso economiza tempo e energia de todos os envolvidos, e a demora em responder sobre os valores pode fazer com que o cliente busque outro fornecedor.<h3>Site</h3>Essa possibilidade até pode se confundir com a anterior, mas elas são mais complementares do que concorrentes. Páginas na internet podem ser espaços bacanas para ampliar informações sobre um negócio e o que ele oferece ou criar uma loja virtual com melhor navegabilidade. Hoje, há ferramentas gratuitas na internet que ajudam a construí-las e que oferecem serviços de hospedagem (nas modalidades grátis ou paga), como o portal Wix.<h3>SEO&nbsp;</h3>Essa sigla significa Search Engine Optimization e diz respeito à atividade de aplicar estratégias/comandos para que, quando alguém utilize mecanismos de buscas (como o Google), uma empresa/assunto apareça em destaque entre os primeiros resultados. Há quem contrate profissionais especializados que estudaram essa técnica, mas autodidatas podem mergulhar na internet em busca de conhecimentos em cursos ou tutoriais (gratuitos ou não) para aplicá-la e chegar ao topo das páginas.<h3>Panfletos</h3>Dispensam apresentações e, apesar de hoje serem menos usados (até por questões ligadas à sustentabilidade), permanecem como um instrumento de comunicação adotado por organizações variadas dos mais diferentes portes. É uma boa opção especialmente para divulgar um negócio nas proximidades de onde ele está localizado, para que as pessoas tenham um primeiro contato com o nome e/ou portfólio de soluções e saibam como chegar e contatar o empreendimento.<h3>Parcerias</h3>De maneira online ou fora do mundo virtual, uma boa pedida pode ser a de manter parcerias com outros estabelecimentos comerciais ou profissionais em que ambos se ajudam mutuamente na divulgação de produtos e serviços a clientes. Isso pode fazer mais sentido entre negócios com afinidades ou complementares entre si, mas não é uma regra. Um exemplo offline: quem presta serviços elétricos e hidráulicos pode tentar uma aliança com uma loja de materiais de construção e deixar ali o seu contato, para que, se algum consumidor perguntar, seu nome seja recomendado. Mas atenção: é importante que seja uma relação baseada em confiança, para que ninguém “queime o filme” de ninguém.&nbsp;<h3>Promoções</h3>Poderíamos escrever um livro sobre esse tópico, mas aqui vão algumas poucas dicas. As formas de estimular os consumidores a adquirirem produtos e serviços podem incluir descontos nos preços, abatimentos no valor para quem compra em volumes grandes, entrega gratuita, sorteios etc. Essas medidas podem estimular o contato com a empresa/marca e que clientes indiquem o negócio a amigos e conhecidos.<h3>Identidade visual&nbsp;</h3>Um logo caprichado, o uso de cores e fontes apropriadas e uma linguagem adequada ajudam a constituir uma marca e atrelar a ela uma identidade forte e reconhecível pelos clientes. Assim, uma lição básica de marketing é dar atenção a esses aspectos. Evidentemente, há profissionais especializados em pensar e executar essas tarefas, mas, se o dinheiro está curto, a dica é buscar na internet por ferramentas digitais gratuitas que ajudam a confeccionar peças, posts e logomarcas, como o Canva.<h3>Avaliações</h3>As chances de alguém optar por uma empresa, produto ou serviço e não por outro concorrente passa, muitas vezes, pelas recomendações feitas por amigos ou conhecidos, mas também por considerações feitas por gente distante no mundo virtual. Assim, vale a pena dedicar-se a coletar avaliações dos clientes e publicizá-las. Isso pode ser feito com depoimentos gravados em vídeo e relatos escritos nas redes sociais, por exemplo. Também há plataformas que abrem espaço para que qualquer pessoa atribua nota e avalie um produto ou serviço de um estabelecimento. É o caso do Google. E essas avaliações fazem toda a diferença para estimular mais gente a conhecer seu negócio (ou a descartá-lo). É claro que sempre pode acontecer de aparecer algum insatisfeito, situação em que a ponderação e o respeito devem ser preservados nas respostas, de forma a reforçar que o empreendimento é um parceiro do cliente, e não um adversário. Trata-se, fundamentalmente, de demonstrar empatia.&nbsp;

Investir em marketing pode ser simples e representa um diferencial para sobressair entre a concorrência e em meio a consumidores

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Há 55 anos, em Nova York, nos Estados Unidos, lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, travestis, queers, intersexo, assexuais e demais pessoas com variabilidade de gênero ou de orientação sexual (LGBTQIA+) resistiram à intolerância e à violência policial. A reação acabou por converter-se em um dos principais marcos da luta desses grupos minorizados por seus direitos e motivou a instituição do mês (junho) e do dia (28) em que eles manifestam, de forma ainda mais contundente, seu orgulho de serem quem são e pelas conquistas por reconhecimento, segurança, respeito e equidade.Apesar de importantes avanços gradualmente incorporados a legislações e comportamentos em muitos países (como o direito ao casamento e estabelecimento de leis que punem o crime de homofobia), há ainda um longo trajeto a percorrer para dissipar preconceitos e injustiças.Mesmo em meio a uma escassez de dados oficiais, pesquisas variadas indicam que pessoas LGBTQIA+ convivem com uma série de obstáculos e discriminações em diferentes contextos. Estima-se que o Brasil, por exemplo, seja a nação mais homotransfóbica do mundo. De acordo com informações apuradas pelo Grupo Gay Bahia, só em 2023 foram 257 mortes violentas contra pessoas LGBTQIA+. Também é recorrente o advento de pautas conservadoras no meio político que tentam impedir a conquista de novos direitos ou eliminar os já alcançados.Outro âmbito em que o preconceito contra LGBTQIA+ se manifesta é o do trabalho. Em março de 2024, o Pacto Global Brasil, vinculado à Organização das Nações Unidas (ONU), apresentou os dados qualitativos de uma primeira fase do Censo de Inclusão Produtiva, que aborda a empregabilidade e o empreendedorismo desses grupos no país. As informações preliminares indicam que a não aceitação das famílias, com possíveis expulsões de casa, interfere nos níveis de abandono escolar e de capacitação dessas pessoas. Apontam também a existência de barreiras, visíveis e invisíveis, em processos seletivos, além de dificuldades de convívio e carreira no mercado formal após a contratação. Diante disso tudo, ter um negócio próprio acaba sendo a opção mais viável para muitos.&nbsp;<h2 class="document-subtitle">Apoio ao empreendedorismo na comunidade LGBTQIA+</h2>Nesse cenário, a Besouro contribui para estimular a diversidade no âmbito do trabalho, bem como para auxiliar no desenvolvimento de competências entre pessoas LGBTQIA+ interessadas em abrir seus negócios.Em 2023, a organização realizou o projeto Mais Diversidade, em uma parceria com a Secretaria Nacional da Proteção Global, do Ministério das Mulheres, da Família e dos Direitos Humanos. A ação beneficiou 280 pessoas com capacitações em hotelaria e turismo, operador de caixa, atendente de farmácia, técnicas de vendas e empreendedorismo, além de estimular debates para combater preconceitos e abrir portas a esses públicos nas comunidades e no mercado de trabalho. Já no programa <a target="_blank" rel="noopener noreferrer" href="https://www.gerdautransforma.com.br/">Gerdau Transforma</a>, que a Besouro realiza em conjunto com a gigante brasileira da siderurgia mundial, são constituídas turmas dedicadas especialmente a LGBTQIA+.<figure class="image"><img style="aspect-ratio:800/517;" src="https://backend.agenciabesouro.com.br/uploads/Turma_do_projeto_Mais_Diversidade_2_00fd982632.png" alt="Turma do projeto Mais Diversidade_2.png" srcset="https://backend.agenciabesouro.com.br/uploads/thumbnail_Turma_do_projeto_Mais_Diversidade_2_00fd982632.png 241w,https://backend.agenciabesouro.com.br/uploads/small_Turma_do_projeto_Mais_Diversidade_2_00fd982632.png 500w,https://backend.agenciabesouro.com.br/uploads/medium_Turma_do_projeto_Mais_Diversidade_2_00fd982632.png 750w," sizes="100vw" width="800" height="517"><figcaption>Turma do projeto Mais Diversidade</figcaption></figure>Outra iniciativa que contou com o apoio da Besouro foi um curso dedicado exclusivamente a pessoas LGBTQIA+ como parte do programa Empreenda Rio, ação conduzida em parceria com a Prefeitura Municipal da capital carioca. Jéssica Silva, coordenadora de projetos da Besouro, ressalta o papel do empreendedorismo na vida dessas pessoas: “O empreendedorismo é muito importante para esses públicos, porque ajuda na inclusão social, no combate à discriminação e cria oportunidades. O mercado de trabalho ainda é muito ligado a estereótipos. Então, aqueles que integram esses grupos minorizados, ao conduzirem seus próprios negócios, criam autonomia, empoderam-se, ganham mais visibilidade e ampliam a diversidade em diferentes áreas. Muitos empreendedores LGBTQIA+ acabam por incluir pessoas que não o são em seus empreendimentos, e essa mistura também ajuda a eliminar preconceitos”, descreve.Ao todo, 31 pessoas participaram da turma Arco-Íris, em que tiveram contato com a metodologia By Necessity para criarem e/ou executarem planos de negócios. “É importante oferecer turmas específicas para LGBTQIA+ pois isso permite os alunos se sentirem mais à vontade para se expressarem, e há um reconhecimento entre eles sobre problemas e que são comuns. Além de apoio para empreender, eles encontram nesses espaços apoio emocional”, detalha Jéssica, que ressalta o alto engajamento e assiduidade dos participantes durante as aulas.&nbsp;<figure class="image"><img style="aspect-ratio:986/553;" src="https://backend.agenciabesouro.com.br/uploads/Turma_Arco_iris_do_projeto_Empreenda_Rio_2_b8a75d24f0.png" alt="Turma Arco-íris do projeto Empreenda Rio_2.png" srcset="https://backend.agenciabesouro.com.br/uploads/thumbnail_Turma_Arco_iris_do_projeto_Empreenda_Rio_2_b8a75d24f0.png 245w,https://backend.agenciabesouro.com.br/uploads/small_Turma_Arco_iris_do_projeto_Empreenda_Rio_2_b8a75d24f0.png 500w,https://backend.agenciabesouro.com.br/uploads/medium_Turma_Arco_iris_do_projeto_Empreenda_Rio_2_b8a75d24f0.png 750w," sizes="100vw" width="986" height="553"><figcaption>Turma Arco-íris do projeto Empreenda Rio</figcaption></figure><h2 class="document-subtitle"><meta charset="utf-8">Veia empreendedora e política</h2>Um dos atendidos na turma carioca foi Pedro Henrique da Silva Miranda. Ele frequentou o curso oferecido nas dependências no Grupo Arco-íris (ONG que foi parceira nesta iniciativa), pensando em consolidar, gradualmente, o Nouvelle Lune, seu empreendimento pessoal.Graduado em Comércio Exterior, Pedro Henrique tem pós-graduação em Administração, curso de despachante aduaneiro e é designer gráfico. Desempregado, ele busca uma recolocação no mercado e trabalhar para fortalecer seu negócio como forma de complementar a renda. Atualmente, é à venda de fones de ouvido sem fio e outros eletroeletrônicos que o profissional se dedica. As negociações acontecem especialmente via internet, e Pedro diz ter tirado lições importantes da capacitação oferecida pela Besouro, incluindo a necessidade de impor alguns limites aos clientes, como o horário de atendimento limitado.<figure class="image"><img style="aspect-ratio:547/700;" src="https://backend.agenciabesouro.com.br/uploads/Pedro_Henrique_um_dos_alunos_da_turma_Arco_Iris_c927b18b81.jpg" alt="Pedro Henrique, um dos alunos da turma Arco-Íris.jpg" srcset="https://backend.agenciabesouro.com.br/uploads/thumbnail_Pedro_Henrique_um_dos_alunos_da_turma_Arco_Iris_c927b18b81.jpg 122w,https://backend.agenciabesouro.com.br/uploads/small_Pedro_Henrique_um_dos_alunos_da_turma_Arco_Iris_c927b18b81.jpg 391w," sizes="100vw" width="547" height="700"><figcaption>Pedro Henrique, um dos alunos da turma Arco-Íris</figcaption></figure>O Nouvelle Lune, no entanto, foi pensado originalmente como empreendimento dedicado à elaboração de estampas de camisetas criativas e exclusivas. Algumas de suas criações fizeram sucesso nas ruas, e o negócio também permite que Pedro apresente seu talento artístico. &nbsp; Com relação à temática do orgulho LGBTQIA+, explica que foi em anos mais recentes que aprofundou conhecimentos e o engajamento com as pautas da comunidade. Filiou-se a um partido político e afirma que almeja ser, no futuro, uma nova Erika Hilton (deputada federal transsexual e ativista). Seu objetivo é ampliar a representatividade e a visibilidade LGBTQIA+ no âmbito político formal. “O que penso é que precisamos ser mais unidos. Recentemente, houve um momento em que todos diziam ´ninguém solta a mão de ninguém´, mas eu senti que todo mundo se soltou. Acho que precisamos chegar a um novo patamar. Por exemplo, se alguém consegue projeção numa empresa, acho que poderia – e seria justíssimo – ajudar mais gente da comunidade a ingressar no mercado também. O projeto de luta que existe, em si, é ótimo, maravilhoso, mas precisamos que ele aconteça na prática”, defende Pedro. &nbsp;

Junho é mês de afirmação para LGBTQIA+, que seguem em busca de mais direitos e equidade, inclusive no mercado de trabalho

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No dia 27 de junho, é comemorado o Dia Internacional das Micros, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs), uma data criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) &nbsp;para destacar a importância de pequenos negócios na movimentação da economia global. Além de essenciais para gerar empregos, essas empresas também fomentam o empreendedorismo no território nacional.Segundo um levantamento feito pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas (Sebrae), <a target="_blank" rel="noopener noreferrer" href="https://agenciasebrae.com.br/economia-e-politica/resultado-positivo-do-pib-de-2023-confirma-a-relevancia-dos-pequenos-negocios/" download="file">30% do PIB brasileiro é gerado pelas micros e pequenas empresas</a>. Isso demonstra o papel vital de investir em novos empreendedores para impulsionar o desenvolvimento econômico do país e incentivar a inovação.Pensando nisso, a Agência Besouro não mede esforços para celebrar esta data tão importante que reconhece o serviço e dedicação de milhares de micros e pequenos empreendedores que passaram por aqui. Por isso, vamos relembrar a história de dois alunos que mudaram as suas vidas por meio do próprio negócio e hoje vivem do empreendedorismo.<h2 class="document-subtitle">Gustavo França - Duck Loja</h2>Foi em uma postagem no Instagram que Gustavo França, de 23 anos, conheceu o projeto Brasil+Empreendedor e decidiu participar do curso focado em novos empreendedores, realizado em janeiro de 2024.“Eu decidi empreender justamente por não me adaptar ao mercado de trabalho. Eu queria pôr minhas ideias em prática e ter liberdade para isso. Acabei encontrando essa possibilidade no empreendedorismo, que, apesar de desafiador, é muito satisfatório”, relata o jovem, natural de Salvador (BA).Assim, em junho de 2023, Gustavo abriu uma loja de brindes e presentes personalizados, a Duck Loja. Ele conta que a ideia para o negócio surgiu da dificuldade de encontrar presentes personalizados acessíveis financeiramente e de boa qualidade. Ele já havia tentado abrir uma loja antes – o diferencial dessa vez, Gustavo explica, foi a ajuda e suporte que recebeu no projeto: “Tive que fechar ela [a loja] por falta de conhecimento e também apoio. O que me fez plantar os pés no chão desta vez foram as pessoas que estão comigo hoje e, com certeza, o impulso que a Besouro me deu”.<figure class="image"><img style="aspect-ratio:700/694;" src="https://backend.agenciabesouro.com.br/uploads/loja_duck_gustavo_ec678b2b13.jpeg" alt="loja duck - gustavo.jpeg" srcset="https://backend.agenciabesouro.com.br/uploads/thumbnail_loja_duck_gustavo_ec678b2b13.jpeg 157w,https://backend.agenciabesouro.com.br/uploads/small_loja_duck_gustavo_ec678b2b13.jpeg 500w," sizes="100vw" width="700" height="694"><figcaption>Canecas personalizadas da Loja Duck</figcaption></figure><h2 class="document-subtitle">Karina Barro - Karina Barro Dias Ateliê</h2>Karina Barro, de 43 anos, natural de Porto Alegre (RS), participou do projeto Empreende POA em 2023 e iniciou no mundo do empreendedorismo pela vontade de colocar em prática o seu maior desejo: fazer o que ama. Influenciada por uma tia costureira, Karina também gostava de costurar e, em 2019, decidiu abrir seu ateliê de produção e vendas de bolsas sustentáveis, após a doceria onde trabalhava ter fechado. &nbsp;“Depois de um ano, mais ou menos, resolvi passar os meus conhecimentos para outras mulheres que também tinham máquinas, mas não sabiam costurar ou não podiam aprender presencialmente. Comecei fazendo lives no Instagram, criei um canal no YouTube e um grupo no Facebook. Nesse momento, "surgiu" a "prof Karina" (um desejo de criança), e eu vi o quanto é maravilhoso poder ajudar outras pessoas a terem uma profissão”, relata a empreendedora artesã.Karina atua em seu ateliê de forma totalmente autônoma, desempenhando por conta própria todas as funções – de marketing, precificação, gravação de vídeo-aulas, produção e venda de peças. Apesar da rotina cansativa em certos momentos, a microempreendedora se inspira a continuar pelo feedback que recebe de alunas e clientes.“O principal conselho que eu dou é conhecimento, ele é a base para qualquer empreendimento. Acreditar que tu é capaz de empreender na área escolhida e entender que o teu empreender vem para ajudar outras pessoas, que talvez nem elas saibam que precisam dessa ajuda. E hoje em dia temos muitos cursos que nos ajudam trazendo muito conhecimento, como os da Besouro, que ampliou bastante o meu conhecimento”. &nbsp;<figure class="image"><img style="aspect-ratio:700/993;" src="https://backend.agenciabesouro.com.br/uploads/Karina_Barro_55a294e168.jpeg" alt="Karina Barro.jpeg" srcset="https://backend.agenciabesouro.com.br/uploads/thumbnail_Karina_Barro_55a294e168.jpeg 110w,https://backend.agenciabesouro.com.br/uploads/small_Karina_Barro_55a294e168.jpeg 352w,https://backend.agenciabesouro.com.br/uploads/medium_Karina_Barro_55a294e168.jpeg 529w," sizes="100vw" width="700" height="993"><figcaption>Karina Barro - Empreendedora e artesã</figcaption></figure><figure class="image"><img style="aspect-ratio:700/733;" src="https://backend.agenciabesouro.com.br/uploads/Kit_bolsa_e_necessaire_sustentaveis_9299930646.jpeg" alt="Kit bolsa e necessaire sustentáveis.jpeg" srcset="https://backend.agenciabesouro.com.br/uploads/thumbnail_Kit_bolsa_e_necessaire_sustentaveis_9299930646.jpeg 149w,https://backend.agenciabesouro.com.br/uploads/small_Kit_bolsa_e_necessaire_sustentaveis_9299930646.jpeg 477w," sizes="100vw" width="700" height="733"><figcaption>Kit bolsa e necessaire sustentáveis por Karina Barro Dias Ateliê</figcaption></figure>

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Entre dezembro de 2023 e março de 2024, um estudo abrangente foi conduzido no bairro Feitoria, em São Leopoldo, Rio Grande do Sul. O objetivo era traçar um perfil socioeconômico dos moradores e identificar suas necessidades. A iniciativa, promovida pelo Sicredi Pioneira em parceria com o SEBRAE e a Agência Besouro de Fomento Social, revelou dados importantes sobre a comunidade e sua relação com o Espaço Sicredi Feitoria.<h2 class="document-subtitle">Comunidade Unida e Desafios Socioeconômicos</h2>O estudo foi planejado e executado de forma detalhada. As instituições parceiras realizaram reuniões para definir os indicadores e desenvolver um formulário de coleta de dados. Em seguida, lideranças locais foram envolvidas, e entrevistas foram conduzidas com 111 residentes e trabalhadores do bairro. As visitas para reconhecimento dos locais de coleta e a aplicação das entrevistas garantiram a precisão dos dados obtidos.O diagnóstico apontou que a comunidade de Feitoria é bastante unida, apresentando um forte potencial para ações de desenvolvimento social e econômico. Muitos moradores manifestaram uma relação positiva com a região, destacando o comércio local e o senso de comunidade como pontos fortes. No entanto, a pesquisa também identificou desafios significativos, como baixa renda, falta de infraestrutura e a necessidade de qualificação profissional.Rafael Madeira, 32 anos, coordenador do projeto, destacou a importância de interagir diretamente com os moradores para identificar problemas que não podem ser percebidos de outra forma. Segundo Rafael, "ao interagir diretamente com os moradores da Feitoria, foi possível identificar problemas que não podem ser percebidos de outra forma.Muitas vezes, dados disponíveis sobre uma comunidade podem estar desatualizados ou imprecisos. Essa pesquisa nos permitiu validar os dados que possuíamos e atualizar as informações de maneira mais precisa para que, com base nos resultados apresentados aos nossos parceiros Sebrae e Sicredi, possamos juntos planejar intervenções e políticas mais direcionadas e adaptadas às necessidades específicas da Feitoria."<figure class="image"><img style="aspect-ratio:800/674;" src="https://backend.agenciabesouro.com.br/uploads/Pesquisador_em_campo_no_bairro_Feitoria_Sao_Leopoldo_RS_1_8144a16eb6.png" alt="Pesquisador em campo no bairro Feitoria, São Leopoldo (RS) (1).png" srcset="https://backend.agenciabesouro.com.br/uploads/thumbnail_Pesquisador_em_campo_no_bairro_Feitoria_Sao_Leopoldo_RS_1_8144a16eb6.png 185w,https://backend.agenciabesouro.com.br/uploads/small_Pesquisador_em_campo_no_bairro_Feitoria_Sao_Leopoldo_RS_1_8144a16eb6.png 500w,https://backend.agenciabesouro.com.br/uploads/medium_Pesquisador_em_campo_no_bairro_Feitoria_Sao_Leopoldo_RS_1_8144a16eb6.png 750w," sizes="100vw" width="800" height="674"><figcaption>Pesquisador em campo no bairro Feitoria, São Leopoldo (RS)</figcaption></figure><h2 class="document-subtitle">Perfil dos entrevistados</h2>A maioria dos entrevistados eram mulheres cisgênero (55%) e homens cisgênero (45%), com predominância das faixas etárias de 18 a 32 anos e de 59 a 71 anos. A renda média individual foi de R$ 2.930,65, enquanto a renda média por residência chegou a R$ 5.137,46, resultando em uma renda per capita média de R$ 1.889,22. Em termos de educação, 43,24% dos entrevistados concluíram o ensino médio, enquanto 35% não completaram o ensino fundamental.Uma grande parte dos entrevistados (81,58%) tem filhos, com uma média de 2,4 filhos por respondente. Destes, 70,21% estudam no próprio bairro Feitoria. Em relação à moradia, a maioria reside na Cohab Feitoria (35,51%), seguida pelo Seller (32,71%), Centro (21,5%) e Madezatti (10,28%).A pesquisa revelou que 70% dos entrevistados se consideram ou desejam ser empreendedores, com o artesanato sendo a principal atividade de renda extra. Contudo, a comunidade destacou a necessidade urgente de investimentos em espaços de lazer, cursos de capacitação e atividades voltadas para jovens e idosos. Essas demandas refletem a carência de infraestrutura adequada para promover o desenvolvimento integral dos moradores.Apesar de 58,56% dos entrevistados conhecerem o Sicredi, apenas 28,72% estavam cientes de que o Espaço Sicredi é aberto à comunidade. Isso indica a necessidade de maior divulgação e engajamento para que a população aproveite as oportunidades oferecidas.<figure class="image"><img style="aspect-ratio:700/480;" src="https://backend.agenciabesouro.com.br/uploads/Pesquisa_identificou_potencial_para_o_empreendedorismo_no_bairro_1_41710991f1.png" alt="Pesquisa identificou potencial para o empreendedorismo no bairro (1).png" srcset="https://backend.agenciabesouro.com.br/uploads/thumbnail_Pesquisa_identificou_potencial_para_o_empreendedorismo_no_bairro_1_41710991f1.png 227w,https://backend.agenciabesouro.com.br/uploads/small_Pesquisa_identificou_potencial_para_o_empreendedorismo_no_bairro_1_41710991f1.png 500w," sizes="100vw" width="700" height="480"><figcaption>Pesquisa identificou potencial para o empreendedorismo no bairro</figcaption></figure><h2 class="document-subtitle">Desafios e oportunidades</h2>A baixa renda e a falta de locais apropriados para deixar os filhos foram apontados como principais dificuldades, especialmente pelas mulheres. Além disso, a pesquisa destacou uma demanda significativa por cursos de capacitação em áreas como Administração, Empreendedorismo, Marketing Digital, Finanças e Vendas.O senso de comunidade no bairro Feitoria é forte, e muitos moradores expressaram orgulho de residir na região, valorizando o comércio local. Esses aspectos positivos são fundamentais para orientar futuras iniciativas de desenvolvimento social e econômico.O diagnóstico socioeconômico do bairro Feitoria proporciona uma visão abrangente das necessidades e potencialidades da comunidade. As informações coletadas são essenciais para o desenvolvimento de políticas públicas e iniciativas privadas que visem melhorar a qualidade de vida na região, promover o empreendedorismo e fortalecer o senso de comunidade. A colaboração entre Sicredi Pioneira, SEBRAE e Agência Besouro de Fomento Social é um passo importante nessa direção, e a continuidade desse trabalho será crucial para transformar os desafios identificados em oportunidades de crescimento e desenvolvimento para todos os moradores de Feitoria.

Pesquisa realizada pela Besouro em parceria com Sicredi avaliou a realidade local e identificou potencial para o empreendedorismo na região

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Francisco Naelzo Alves Dantas, 48 anos, nasceu no sertão paraibano e mora em Jaboatão dos Guararapes, região metropolitana de Recife, onde trabalha como policial militar há 20 anos. Além de atuar como servidor, ele desenvolveu um negócio próprio no ramo de fotografias, vídeos e artigos personalizados.O empreendedor conta que, depois de entrar na corporação, se interessou por filmagem e edição. Aprendeu sozinho, em casa, com cursos à distância que, na época, eram enviados pelo correio em apostilas e fitas de videocassete. Ao longo do tempo, também estudou fotografia e sobre utilização de softwares de edição.No tempo livre que tinha fora do expediente no quartel e nas ruas, passou a criar lembranças personalizadas para festas de aniversário, além de registrar os eventos em foto e vídeo. A partir de 2010, passou a oferecer também banners e materiais impressos.Seus clientes vinham da divulgação boca a boca entre os amigos da igreja e os colegas de trabalho. Pensando em aproveitar a demanda por camisetas personalizadas utilizadas nos uniformes dos policiais, Francisco investiu na compra de tecidos e maquinário para confecção e bordado das peças.<img class="image_resized" style="aspect-ratio:720/1280;width:61.68%;" src="https://backend.agenciabesouro.com.br/uploads/Foto_7_Francisco_Naelzo_Alves_Dantas_bc67c98116.jpeg" alt="Foto 7 - Francisco Naelzo Alves Dantas.jpeg" srcset="https://backend.agenciabesouro.com.br/uploads/thumbnail_Foto_7_Francisco_Naelzo_Alves_Dantas_bc67c98116.jpeg 88w,https://backend.agenciabesouro.com.br/uploads/small_Foto_7_Francisco_Naelzo_Alves_Dantas_bc67c98116.jpeg 281w,https://backend.agenciabesouro.com.br/uploads/medium_Foto_7_Francisco_Naelzo_Alves_Dantas_bc67c98116.jpeg 422w,https://backend.agenciabesouro.com.br/uploads/large_Foto_7_Francisco_Naelzo_Alves_Dantas_bc67c98116.jpeg 563w," sizes="100vw" width="720" height="1280">Com a pandemia, tudo mudou. A procura pelos seus serviços e produtos diminuiu. Ele foi transferido para outra unidade de trabalho, e, além de perder os clientes mais fiéis, passou a desempenhar uma função profissional administrativa que exigia mais tempo e dedicação.Francisco conta que acabou ficando sem disposição para o negócio próprio, desanimou e foi parando. Mudou-se para um apartamento e precisou investir em um galpão para guardar o maquinário, endividou-se e desde então não conseguiu mais se organizar financeiramente.Foi nesse contexto que o empreendedor chegou ao curso Gerdau Transforma, em julho de 2023, oferecido de forma gratuita. “Eu sabia que era um curso de bom nível pois veio por meio da igreja e envolvia o nome da Gerdau. Estava com muitas dificuldades financeiras e não poderia investir num curso como esse se tivesse que pagar”, destaca Francisco.O empreendedor considera que a capacitação foi fundamental para que passasse a entender o processo de criação e desenvolvimento de um negócio. “A gente faz muitas coisas sem noção às vezes. Tem recurso para investir, mas, sem direção e orientação, se perde e acaba desistindo. &nbsp;Agora conheço o processo todo do negócio e já tenho condições de saber se algo vai dar certo ou não. Prestei muita atenção nos detalhes e isso está sendo muito importante para que eu possa me reorganizar”, avalia.Francisco aponta como principais aprendizados do curso os conhecimentos sobre vendas, marketing e precificação. “Eu não sabia cobrar. Não calculava meus gastos de forma correta. Agora considero todas as despesas envolvidas no processo para colocar preços nos produtos”, diz o empreendedor que está retomando e redirecionando seu negócio.Nesse recomeço, Francisco tem feito trabalhos digitais personalizados para poucos clientes e evitado encomendas grandes enquanto ainda trabalha sozinho.Com o curso, ele decidiu retomar a produção de itens como mochilas e necessaires e estabeleceu o objetivo de levar seu negócio para o município de Arapiraca, no sertão paraibano, onde mora toda sua família e não há oferta de produtos e serviços personalizados como os que ele oferece.<img class="image_resized" style="aspect-ratio:1280/703;width:86.43%;" src="https://backend.agenciabesouro.com.br/uploads/Foto_3_Francisco_Naelzo_Alves_Dantas_7fa24a2ed6.jpeg" alt="Foto 3 - Francisco Naelzo Alves Dantas.jpeg" srcset="https://backend.agenciabesouro.com.br/uploads/thumbnail_Foto_3_Francisco_Naelzo_Alves_Dantas_7fa24a2ed6.jpeg 245w,https://backend.agenciabesouro.com.br/uploads/small_Foto_3_Francisco_Naelzo_Alves_Dantas_7fa24a2ed6.jpeg 500w,https://backend.agenciabesouro.com.br/uploads/medium_Foto_3_Francisco_Naelzo_Alves_Dantas_7fa24a2ed6.jpeg 750w,https://backend.agenciabesouro.com.br/uploads/large_Foto_3_Francisco_Naelzo_Alves_Dantas_7fa24a2ed6.jpeg 1000w," sizes="100vw" width="1280" height="703">O projeto é firmar parcerias para vender a produção em várias lojinhas da região. “Sou sozinho em Recife, por isso viajo muito para a minha terra. Vou montar uma equipe de costura, me dedicar à compra de material e a gerenciar a produção para essa rede de distribuição”, planeja. A primeira das parcerias já está a caminho e deve ser fechada em maio de 2024.De acordo com Francisco, a capacitação foi fundamental para dar os novos rumos que seu negócio está tomando. Foi o curso que deu a ele as condições para redirecionar seu negócio. “O curso é como um atalho que a gente pega. Eu estava parado e, do jeito que pensava, ia ser demorado e custoso me recuperar. Vou pôr em prática tudo o que aprendi, começar de novo e tornar o processo positivo e possível”, celebra o empreendedor.<img src="https://backend.agenciabesouro.com.br/uploads/Foto_1_Francisco_Naelzo_Alves_Dantas_e53d131708.jpeg" alt="Foto 1 - Francisco Naelzo Alves Dantas.jpeg" srcset="https://backend.agenciabesouro.com.br/uploads/thumbnail_Foto_1_Francisco_Naelzo_Alves_Dantas_e53d131708.jpeg 128w,https://backend.agenciabesouro.com.br/uploads/small_Foto_1_Francisco_Naelzo_Alves_Dantas_e53d131708.jpeg 410w,https://backend.agenciabesouro.com.br/uploads/medium_Foto_1_Francisco_Naelzo_Alves_Dantas_e53d131708.jpeg 615w,https://backend.agenciabesouro.com.br/uploads/large_Foto_1_Francisco_Naelzo_Alves_Dantas_e53d131708.jpeg 820w," sizes="100vw" width="1049" height="1280">

Conheça a história de Francisco Naelzo Alves Dantas, de Jaboatão dos Guararapes (PE), que encontrou incentivo e conhecimento para retomar um negócio parado depois de participar do projeto Gerdau Transforma

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Submetidos ao calor, grãos de variedades específicas de milho têm sua umidade interna transformada em vapor, e ele exerce pressão sobre a casca até um ponto em que ela explode e nos faz felizes. Grosso modo, é assim que se obtém a pipoca, prato cuja origem é atribuída a indígenas do continente americano e tornou-se sinônimo de prazer e diversão, pois é normalmente associado a momentos positivos, como uma ida ao cinema, um passeio no parque, uma reunião em família ou uma festa de aniversário. É a preparar essa iguaria de uma maneira bem especial que se dedica, desde 2022, Midiã de Jesus Barbosa Almeida, 34 anos, dona da&nbsp;LaLaLé Pipocas Gourmet, em Salvador, capital baiana.&nbsp;A soteropolitana lembra de estar na cama, a orar e refletir sobre como poderia obter renda, contribuir nas despesas domésticas e atender aos desejos e demandas de suas três filhas, Lavínia, de 13 anos,&nbsp;Laís, de 11, e Léia, de 9.&nbsp;Era madrugada e ela se sentiu impelida a olhar o celular. “Quando abri o Instagram apareceu o anúncio de um curso de pipoca gourmet, com três aulas gratuitas. Desde a minha adolescência tenho prazer em preparar o prato. Amigos e familiares sempre pediam para que eu o fizesse. Senti que aquela publicação era uma resposta às minhas orações e que ela indicava uma oportunidade de eu trabalhar com uma coisa de que gosto muito”, detalha a empreendedora.Midiã acompanhou as aulas na internet, mas sua pouca renda a impediu de continuar no curso. Ainda assim, a experiência foi importante para ratificar sua decisão de empreender no ramo. “Os grãos usados para preparar as pipocas gourmet são diferentes dos comuns, que compramos normalmente no supermercado. Sempre gostei de coisas diferentes. E foi outro motivo pelo qual me apaixonei”, recorda ela. O milho a que se refere Midiã é o chamado “mushroom”, que ela encomenda de São Paulo. O diferencial dessa variedade está implícito no nome: ao estourarem eles originam pipocas arredondadas, cujo formato lembra o de um cogumelo (mushrooms, em inglês).O conhecimento adquirido nos três encontros virtuais gratuitos, ainda que tenha sido pouco, foi importante para a dona da LaLaLé avançar em técnicas que conhecia, mas ainda não dominava perfeitamente, como a de elaboração do caramelo que reveste as pipocas doces. Passou a fazer testes até acertar a mão e, enquanto isso, encontrou outra oportunidade de capacitação com preços mais acessíveis. Investiu, basicamente, em uma pipoqueira elétrica –&nbsp; os demais utensílios usados foram os que já tinha em casa – e iniciou a produção. Elaborou sua própria logomarca no Canva e passou a divulgar seu negócio via Instagram. Também optou por promover eventos de degustação dos pratos em sua casa.&nbsp;<figure class="image"><img alt="Imagem do WhatsApp de 2024-02-22 à(s) 15.04.24_f5d1dede.jpg" src="https://backend.agenciabesouro.com.br/uploads/Imagem_do_Whats_App_de_2024_02_22_a_s_15_04_24_f5d1dede_8b07a07471.jpg" srcset="https://backend.agenciabesouro.com.br/uploads/thumbnail_Imagem_do_Whats_App_de_2024_02_22_a_s_15_04_24_f5d1dede_8b07a07471.jpg 156w, https://backend.agenciabesouro.com.br/uploads/small_Imagem_do_Whats_App_de_2024_02_22_a_s_15_04_24_f5d1dede_8b07a07471.jpg 500w" sizes="100vw" width="500"><figcaption>Midiã buscou conhecimento para encontrar a receita ideal para o preparo de suas pipocas gourmet. Foto: Arquivo pessoal</figcaption></figure>Começaram, de fato, a surgir clientes, mas Midiã percebeu que ter o produto preparado para pronta entrega não seria o melhor caminho. Afinal, o milho mushroom tem custo mais elevado e ter sempre pipocas à disposição poderia acarretar desperdícios. Decidiu, então, focar na oferta do prato como lembrancinha em festas e datas comemorativas e passou a elaborá-los sob encomenda. “Quando eu recebo um pedido já faço um pouco a mais de pipoca para vender a quem quer comprar para consumo imediato”, explica a empreendedora.Logo que começou seu negócio, Midiã foi procurada por uma empresa de São Paulo interessada em fazer uma encomenda. No entanto, a venda não se concretizou porque a LaLaLé era um empreendimento ainda informal e, assim, não podia emitir nota fiscal para o cliente. Nesse momento, ela percebeu que precisava entender sobre como regularizar seu negócio, e nesse aspecto – entre outros – o programa Brasil+Empreendedor a ajudou.&nbsp;Midiã foi aluna na iniciativa da Confederação Nacional dos Jovens Empresário (Conaje) em parceria com a Agência Besouro, criada para capacitar pessoas para abrirem ou aprimorarem negócios. “A partir do curso eu consegui me levar mais a sério, levar meu negócio mais a sério. Ele clareou minha mente sobre a importância de ter uma educação financeira, me deu um norte sobre onde quero chegar e sobre estratégias que posso adotar. Ter tido, no Brasil+Empreendedor, mentoras que me ouviram e foram pacientes comigo me fez ter prazer em aprender e perceber que preciso estar rodeada de pessoas que tenham o mesmo objetivo que eu”, garante Midiã.<figure class="image"><img alt="Imagem do WhatsApp de 2024-02-20 à(s) 09.42.32_d28e0cf0.jpg" src="https://backend.agenciabesouro.com.br/uploads/Imagem_do_Whats_App_de_2024_02_20_a_s_09_42_32_d28e0cf0_9ae0c187e2.jpg" srcset="https://backend.agenciabesouro.com.br/uploads/thumbnail_Imagem_do_Whats_App_de_2024_02_20_a_s_09_42_32_d28e0cf0_9ae0c187e2.jpg 104w, https://backend.agenciabesouro.com.br/uploads/small_Imagem_do_Whats_App_de_2024_02_20_a_s_09_42_32_d28e0cf0_9ae0c187e2.jpg 333w, https://backend.agenciabesouro.com.br/uploads/medium_Imagem_do_Whats_App_de_2024_02_20_a_s_09_42_32_d28e0cf0_9ae0c187e2.jpg 500w, https://backend.agenciabesouro.com.br/uploads/large_Imagem_do_Whats_App_de_2024_02_20_a_s_09_42_32_d28e0cf0_9ae0c187e2.jpg 666w" sizes="100vw" width="666"><figcaption>A empreendedora exibe orgulhosa os doces que produz na LaLaLé. Foto: Arquivo pessoal</figcaption></figure>A empreendedora já alcançou um de seus objetivos de vida recentemente: voltar aos estudos. Ela caminha rumo à conclusão do Ensino Fundamental.&nbsp;A curto prazo deseja especializar-se mais no ramo de pipocas, aumentar a produção e adquirir equipamentos que a ajudem nisso. Quer, assim, alcançar a maior quantidade de clientes possível, com produtos de alta qualidade. “Também gostaria de criar variações de pipocas para atender todo tipo de pessoas, como celíacos e intolerantes, e desenvolver até uma linha fit”, conta.&nbsp;A médio prazo, imagina abrir a primeira pipocaria do subúrbio de Salvador e proporcionar alegria, sabores e bom gosto para seus clientes e para a sua família.&nbsp;“Com certeza empreender me ajudou a ter mais confiança, a me sentir útil. Mesmo diante de dificuldades que surgiram em alguns momentos, nunca pensei em desistir. Sei que o meu negócio tem potencial e que vou conquistar meus sonhos por meio dele. Vejo-me como uma futura geradora de empregos e como uma mulher sem medo de ser dona da sua vida. Quero mostrar também às minhas filhas que elas são capazes de tudo que elas quiserem”, conclui Midiã.

Midiã, aluna do projeto Brasil+Empreendedor na Bahia, quer consolidar seu empreendimento e espalhar doçura e alegria com os produtos da LaLaLé

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