Refugiadas Empreendedoras: novo projeto da Agência Besouro oferece capacitação para mulheres migrantes em Porto Alegre

Entre os dias 13 e 16 de outubro, tem início a primeira turma do projeto Refugiadas Empreendedoras, uma iniciativa voltada à formação de mulheres refugiadas e migrantes interessadas em abrir ou fortalecer seus próprios negócios. A ação é promovida pelo Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados Brasil (SJMR), em parceria com a Agência Besouro de Fomento Social, e será realizada na Junta Comercial, Industrial e de Serviços do Rio Grande do Sul (JucisRS).

O projeto tem como meta capacitar 20 mulheres que vivem no estado e que buscam no empreendedorismo uma alternativa concreta para gerar renda, autonomia e integração social. Mais do que um curso, a proposta oferece ferramentas práticas para transformar ideias em empreendimentos sustentáveis, com foco em quem precisa começar com pouco ou nenhum investimento inicial.

A formação será baseada na metodologia By Necessity, desenvolvida pela Agência Besouro e reconhecida internacionalmente por sua aplicação em contextos de vulnerabilidade social. Ao longo de cinco dias de aulas, as participantes aprenderão sobre planejamento financeiro, precificação, vendas, fluxo de caixa e gestão básica de negócios. Ao longo das aulas, cada participante desenvolve seu plano de ação e, ao final, recebe uma marca própria exclusiva para dar início ao empreendimento.

Após a fase presencial, o projeto segue com 90 dias de consultoria individual, período em que as novas empreendedoras recebem acompanhamento técnico e suporte personalizado para colocar em prática seus planos de ação.

Mais do que uma capacitação profissional, o Refugiadas Empreendedoras representa um espaço de troca, acolhimento e empoderamento para mulheres que enfrentam e já enfrentaram diversas dificuldades. Ao reunir alunas com diferentes origens e histórias, o projeto reforça o poder do empreendedorismo como ferramenta de reconstrução e pertencimento.

Com essa primeira turma, o SJMR e a Agência Besouro reafirmam o compromisso de promover oportunidades concretas de desenvolvimento e integração para mulheres refugiadas no Brasil, reconhecendo nelas não apenas a necessidade, mas a força e o potencial de transformar suas próprias histórias.